«A revolução de 1905, Outubro de 1917, a vitória contra o nazismo, a libertação de Cuba, tudo isso vai se repetir depois desses tempos sombrios que o capitalismo brutalmente instituiu e o império de Bush procura manter», escreve o mais famoso arquitecto brasileiro.
O livro reúne uma selecção de artigos e crónicas publicados na imprensa nas últimas décadas, actualizados pelo próprio autor.Niemeyer nomeia os seus autores favoritos, desde os filósofos gregos a autores como Albert Camus, Franz Kafka, Jean-Paul Sartre e André Malraux (de quem foi amigo, na época em que o romancista e aventureiro era Ministro da Cultura).
Em arquitectura, Niemeyer mostra-se aberto às diferentes correntes estéticas, admitindo que não há uma arquitectura única e ideal, havendo espaço tanto para a curva livre e sensual, que sempre perseguiu, como para a pureza da linha recta.
«Passei a considerar minha arquitectura não, como alguns podem pensar, o caminho ideal, mas somente a minha arquitectura. E, para ser coerente, passei a afirmar que, como eu, cada arquitecto deve procurar o seu próprio caminho, sem preconceitos», opina. Como escritor, prefere um estilo simples.
«Pessoalmente, prefiro as linguagens simples do quotidiano», confessa o arquitecto, citando as palavras do escritor italiano Alberto Moravia, que defendia a aproximação da literatura à linguagem oral.
Lusa / SOL
Lusa / SOL
Sem comentários:
Enviar um comentário