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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Simplesmente fome


Portugal é o segundo país da UE em que o risco de pobreza infantil é maior. Baixos salários, precariedade no trabalho, desemprego... A pobreza é manifesta em famílias monoparentais ou noutras de baixos rendimentos com três filhos ou mais...
A alta taxa de natalidade gera pobreza em Portugal. Bem sabem do que se passa os professores. Nas escolas do 2.º ciclo desapareceu o leite gratuito, muitos alunos só têm uma refeição por dia, o almoço subsidiado na cantina quando têm aulas de manhã e tarde, outros muitos comem as sandes dos professores que não gostam de ver a fome à sua volta.
Quer o senhor primeiro-ministro aumentar a natalidade?

Revolução tecnológica, aumento do rendimento escolar, diminuição do abandono escolar? Não, senhor primeiro-ministro: - Simplesmente fome!

José Raimundo de Almeida www.oxexe.blogspot.com

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EDITORIAL

O êxodo constante dos habitantes das grandes cidades para as periferias leva necessariamente a que algumas elites intelectuais sejam também absorvidas pelo referido êxodo.
Na periferia, tais elites abrangem entre outras áreas tão vastas como a música, a literatura ou a pintura. Contudo os grandes palcos para a exibição destas expressões artísticas continuam no centro destas grandes cidades o que faz acrescer aos poderes locais e à sociedade civil em geral, responsabilidades acrescidas no sentido de dar expansão às acima mencionadas actividades.
É assim que hoje em Santo António dos Cavaleiros, como em outras periferias se encontram músicos, escritores e pintores, alguns dos quais já alcançaram lugares cimeiros no panorama nacional da cultura e outros que esperam e desesperam para ser revelados, para o que carecem por parte das entidades públicas apoios, não só para estes fins, como também para desfazer a ideia corrente de que estas periferias são unicamente habitadas por “gangues” ou delinquentes.
É esta convicção, entre outras razões que levam à criação deste blogue. Pretendemos essencialmente criar um espaço de divulgação das mais variadas expressões artísticas e um fórum de debate das problemáticas das zonas periféricas.
Está em princípio aberto a todos aqueles que na periferia sentem que não tem voz.

O sucesso deste espaço, depende da participação e colaboração de todos(as) aqueles(as) que de alguma maneira estejam ligados(as) a estas temáticas.
Colabora para a divulgação e publicação de artes plásticas, artesanato, músicas, romances, poemas e outras expressões artísticas não editados nos canais editoriais normais.

ESTE ESPAÇO É TEU, AJUDA A ALIMENTÁ-LO.
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