quarta-feira, 31 de outubro de 2007
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Tributo a Che Guevara
Tributo a Che Guevara na passagem dos 40 anos após o seu assassinato: 1967-2007
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
A difícil condição dos jovens em Portugal
Leio a carta de Ana Gonçalves, Arrentela-Seixal, Público 6SET07. «A precariedade é uma espécie de fatalidade incontornável na vida da esmagadora maioria dos jovens.»
No âmbito das minhas restritas relações sociais conheço jovens da TAP/Ground Force com contratos de trabalho de quatro meses e meio. Nem sequer chegam aos seis meses para se inscreverem no Centro de Emprego com direito ao subsídio de desemprego. Conheço jovens/adultos com vários cursos especializados em soldadura industrial, que são pura e simplesmente usados durante alguns meses. Conheço outros nas artes gráficas. São apenas pastilha elástica. Ganham quatrocentos a quinhentos euros por mês, durante alguns meses, enquanto não vêm outros. Na administração pública, em nome da contenção orçamental, os contratos dos jovens não são renovados quando os funcionários têm de passar a efectivos.
O consumo interno também conta para o crescimento económico, para o nível de vida e taxas de natalidade positivas de reprodução bruta. Sem estabilidade profissional os nossos jovens consomem o que têm de consumir durante a noite e não lhes venham falar em taxas de natalidade que pressupõem encargos fixos perante uma vida volátil. Os capitalistas pensam o mesmo quanto ao lucro.
José Raimundo
oxexe.blogspot
No âmbito das minhas restritas relações sociais conheço jovens da TAP/Ground Force com contratos de trabalho de quatro meses e meio. Nem sequer chegam aos seis meses para se inscreverem no Centro de Emprego com direito ao subsídio de desemprego. Conheço jovens/adultos com vários cursos especializados em soldadura industrial, que são pura e simplesmente usados durante alguns meses. Conheço outros nas artes gráficas. São apenas pastilha elástica. Ganham quatrocentos a quinhentos euros por mês, durante alguns meses, enquanto não vêm outros. Na administração pública, em nome da contenção orçamental, os contratos dos jovens não são renovados quando os funcionários têm de passar a efectivos.
O consumo interno também conta para o crescimento económico, para o nível de vida e taxas de natalidade positivas de reprodução bruta. Sem estabilidade profissional os nossos jovens consomem o que têm de consumir durante a noite e não lhes venham falar em taxas de natalidade que pressupõem encargos fixos perante uma vida volátil. Os capitalistas pensam o mesmo quanto ao lucro.
José Raimundo
oxexe.blogspot
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
As periferias ou subúrbios
Para mim, o depreciativo termo "periferia" aplica-se a sectores do território onde não existem condições que transformem esse lugar em "cidade", ou melhor, "parte da grande cidade", sejam eles quais forem, por isso, se forem criadas essas condições, esse local pode-se assumir como "parte una" da cidade, deixando o território de ser uma manta de retalhos, mas um contínuo desenho urbano, com diferentes realidades, conceitos e formas de desenvolvimento, mas com as condições essenciais como pano de fundo...Uma Casa da Cultura, um museu, ou outro equipamento semelhante, podem funcionar como alavanca do desenvolvimento das periferias e zonas mortas da cidade...Bom ou mau temos o Guggenhaim de Bilbao como exemplo...
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
É preciso criar desassossego!
"...Mas o que é preciso é criar desassossego.
Quando começamos a procurar álibis para justificar o nosso conformismo, então está tudo lixado! E, quando isso acontecer comigo, eu até agradeço que os meus amigos me chamem à atenção e me critiquem.
Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política.
E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de ‘homenzinhos’ e ‘mulherzinhas’. Temos é que ser gente, pá!"
Zeca Afonso
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EDITORIAL
O êxodo constante dos habitantes das grandes cidades para as periferias leva necessariamente a que algumas elites intelectuais sejam também absorvidas pelo referido êxodo.
Na periferia, tais elites abrangem entre outras áreas tão vastas como a música, a literatura ou a pintura. Contudo os grandes palcos para a exibição destas expressões artísticas continuam no centro destas grandes cidades o que faz acrescer aos poderes locais e à sociedade civil em geral, responsabilidades acrescidas no sentido de dar expansão às acima mencionadas actividades.
É assim que hoje em Santo António dos Cavaleiros, como em outras periferias se encontram músicos, escritores e pintores, alguns dos quais já alcançaram lugares cimeiros no panorama nacional da cultura e outros que esperam e desesperam para ser revelados, para o que carecem por parte das entidades públicas apoios, não só para estes fins, como também para desfazer a ideia corrente de que estas periferias são unicamente habitadas por “gangues” ou delinquentes.
É esta convicção, entre outras razões que levam à criação deste blogue. Pretendemos essencialmente criar um espaço de divulgação das mais variadas expressões artísticas e um fórum de debate das problemáticas das zonas periféricas.
Está em princípio aberto a todos aqueles que na periferia sentem que não tem voz.
O sucesso deste espaço, depende da participação e colaboração de todos(as) aqueles(as) que de alguma maneira estejam ligados(as) a estas temáticas.
Colabora para a divulgação e publicação de artes plásticas, artesanato, músicas, romances, poemas e outras expressões artísticas não editados nos canais editoriais normais.
ESTE ESPAÇO É TEU, AJUDA A ALIMENTÁ-LO.
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Na periferia, tais elites abrangem entre outras áreas tão vastas como a música, a literatura ou a pintura. Contudo os grandes palcos para a exibição destas expressões artísticas continuam no centro destas grandes cidades o que faz acrescer aos poderes locais e à sociedade civil em geral, responsabilidades acrescidas no sentido de dar expansão às acima mencionadas actividades.
É assim que hoje em Santo António dos Cavaleiros, como em outras periferias se encontram músicos, escritores e pintores, alguns dos quais já alcançaram lugares cimeiros no panorama nacional da cultura e outros que esperam e desesperam para ser revelados, para o que carecem por parte das entidades públicas apoios, não só para estes fins, como também para desfazer a ideia corrente de que estas periferias são unicamente habitadas por “gangues” ou delinquentes.
É esta convicção, entre outras razões que levam à criação deste blogue. Pretendemos essencialmente criar um espaço de divulgação das mais variadas expressões artísticas e um fórum de debate das problemáticas das zonas periféricas.
Está em princípio aberto a todos aqueles que na periferia sentem que não tem voz.
O sucesso deste espaço, depende da participação e colaboração de todos(as) aqueles(as) que de alguma maneira estejam ligados(as) a estas temáticas.
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