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segunda-feira, 7 de julho de 2008

“Precisamos de uma nova revolução cultural”, diz Zizek

"Já lá vai o tempo em que a esquerda pensava estar a bordo do comboio da História, e que a questão era saber qual a melhor direcção que ele deveria tomar", disse o filósofo, psicanalista e pensador esloveno Slavoj Zizek. "Hoje sabemos que o comboio está a ir a caminho da catástrofe, e a nossa única opção é detê-lo", defendeu, acrescentando que o que o mundo precisa é de uma revolução cultural, não no sentido maoísta da expressão, mas no de uma mudança cultural radical. Slavoj Zizek foi o principal orador do primeiro dia do "1001 Culturas" organizado pelo Grupo da Esquerda Unitária do Parlamento Europeu na Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa.
Para Zizek, há 30 anos debatia-se qual seria a forma social do futuro, se capitalista, se socialista, e que tipo de socialismo, mas aceitava-se que a vida do planeta iria continuar. Hoje debatem-se as catástrofes que ameaçam o mundo num futuro não muito distante, mas já ninguém fala do fim radical do capitalismo. Num estilo acutilante e provocador, Zizek disse que enquanto a esquerda dos países desenvolvidos parece erigir como tópico principal a cultura e não o capitalismo, este desenvolve-se cada vez mais na direcção do capitalismo cultural.

"O capitalismo cultural não é só o facto de se assistir ao fenómeno de 'marketização' da cultura", defendeu, apontando que há o outro lado do mesmo fenómeno: "a culturalização dos próprios bens de consumo, não só no sentido de produtos culturais, como o cinema e a cultura popular, mas num sentido mais lato, de coisas que associamos à cultura, como o sentido da vida, a filosofia... tudo isto está a tornar-se uma mercadoria para vender". Ler mais...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Esquerda e Cultura: o futuro já não é o que era

4 e 5 de Julho - Fábrica Braço de Prata, Lisboa
Exposições, debates, concertos e colóquios
Vê o programa

EDITORIAL

O êxodo constante dos habitantes das grandes cidades para as periferias leva necessariamente a que algumas elites intelectuais sejam também absorvidas pelo referido êxodo.
Na periferia, tais elites abrangem entre outras áreas tão vastas como a música, a literatura ou a pintura. Contudo os grandes palcos para a exibição destas expressões artísticas continuam no centro destas grandes cidades o que faz acrescer aos poderes locais e à sociedade civil em geral, responsabilidades acrescidas no sentido de dar expansão às acima mencionadas actividades.
É assim que hoje em Santo António dos Cavaleiros, como em outras periferias se encontram músicos, escritores e pintores, alguns dos quais já alcançaram lugares cimeiros no panorama nacional da cultura e outros que esperam e desesperam para ser revelados, para o que carecem por parte das entidades públicas apoios, não só para estes fins, como também para desfazer a ideia corrente de que estas periferias são unicamente habitadas por “gangues” ou delinquentes.
É esta convicção, entre outras razões que levam à criação deste blogue. Pretendemos essencialmente criar um espaço de divulgação das mais variadas expressões artísticas e um fórum de debate das problemáticas das zonas periféricas.
Está em princípio aberto a todos aqueles que na periferia sentem que não tem voz.

O sucesso deste espaço, depende da participação e colaboração de todos(as) aqueles(as) que de alguma maneira estejam ligados(as) a estas temáticas.
Colabora para a divulgação e publicação de artes plásticas, artesanato, músicas, romances, poemas e outras expressões artísticas não editados nos canais editoriais normais.

ESTE ESPAÇO É TEU, AJUDA A ALIMENTÁ-LO.
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